sábado, 22 de julho de 2006

“Palinódias, Palimpsestos” de Albano Martins



O livro propõe a reflexão sobre a poesia enquanto arte que labora com o material mais esquivo, mas por isso mesmo desejável: a palavra que abre caminhos que se desmultiplicam (palinódias), sempre inquieta ora escondendo-se ora deixando-se transparecer, em proximidade com Palimpsestos.
Estas palinódias e palimpsestos (escrita sobre outro texto ou papel rasurado) primam pela musicalidade e pela extrema capacidade de síntese e sugestão.


Nem sempre as palavras

dizem o que diz

seu sentido. São

às vezes máscaras

perfeitas, outras

como sudários, rostos

esculpidos no mármore

das lágrimas. São

umas vezes

parábolas; outras,

palinódias,

Palimpsestos.


Edição
Campo das Letras (Colecção Campo da Poesia)

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