quinta-feira, 16 de maio de 2013

Lançamento da Antologia Poética de Robert Bréchon «Ecos Reflexos Miragens»


LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA DE POESIA DE ROBERT BRÉCHON ECOS REFLEXOS MIRAGENS POEMAS (1947-2002) NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN DE LISBOA (SEXTA-FEIRA, 17 de MAIO, PELAS 18.30h)

Na Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa (Av. De Berna), terá lugar a 17 de Maio (sexta-feira) pelas 18.30h no Auditório III o lançamento da antologia poética de Robert Bréchon: Ecos Reflexos Miragens Poemas (1947-2002), uma edição da Afrontamento (Coleção Obscuro Domínio) inteiramente apoiada pela Delegação em França da Fundação Calouste Gulbenkian. A tradução é de Maria João Fernandes e de Caroline Mascarenhas, o prefácio, de Maria João Fernandes e o posfácio de Eduardo Lourenço. A apresentação estará a cargo de Eduardo Lourenço, de Guilherme de Oliveira Martins, Presidente do Centro Nacional de Cultura e de Maria João Fernandes. O ator Diogo Dória dirá os poemas. O livro esteve presente na homenagem que foi dedicada a Robert Bréchon, a 16 de Janeiro de 2013, na Fundação Calouste Gulbenkian de Paris, no contexto da exposição comissariada por Maria João Fernandes, Artistas Poetas e Poetas Artistas Poesia, Artes Visuais do século XX em Portugal que Robert Bréchon prefaciou, juntamente com Gilbert Durand. O seu prefácio recebeu o título inspirado em Fernando Pessoa: Avant Tout la Tendresse.

 Robert Bréchon (1920-2012), Professor titular de Letras, Diretor de Liceu, Adido Cultural, foi Diretor do Instituto Francês de Lisboa de 1962 a 1968, sucedendo nesse cargo a Pierre Hourcade. Paralelamente à sua carreira profissional que o fez viajar em França e no estrangeiro, nunca deixou de se dedicar à sua obra poética, ao ensaio, à ficção e à crítica literária, nomeadamente sobre a poesia contemporânea. Depois da sua estreia literária em 1946, na revista Seine, dirigida por Jacques Brenner, foi colaborador do Courrier International d’Études Poétiques de Bruxelas, das Lettres Nouvelles, do Mercure de France e das revistas Critique e Colóquio Letras de Lisboa. Dois encontros foram marcantes e orientaram o seu percurso. O encontro com Henri Michaux em 1956, decisivo para a sua vida e o encontro com Fernando Pessoa em 1962, decisivo para a sua obra. Mais tarde interessou-se por novas experiências poéticas e contribuiu para dar a conhecer Keneth White, Alain Morin, Jean-Paul Michel, entre outros. Tentou divulgar em França as obras de Eça de Queirós, Vergílio Ferreira e António Ramos Rosa. Dedicou-se à difusão da glória de Fernando Pessoa em França e na Europa, publicando sucessivamente, de 1988 a 1996, nove volumes das suas obras, uma antologia: Je ne suis personne, uma biografia: Étrange étranger e uma recolha de ensaios: L’innombrable, todos edições de Christian Bourgois. Em colaboração com a sua mulher Arlette Bréchon, publicou Les Noces d’Or (Albin Michel, 1974) e em 2001, nas edições L’Escampette, À Corps Perdu, um conjunto de ensaios sobre o corpo. O seu último estudo intitulado Le voyageur immobile, foi publicado nas edições Aden em 2002, que em 2003 publicaram a antologia da sua obra poética Échos, Reflets, Mirages. Ainda em 2003 prefaciou nas edições Gallimard uma antologia de poesia portuguesa contemporânea (Anthologie de la Poésie Portugaise Contemporaine 1935-2000), também apresentada por Michel Chandeigne, responsável pela escolha dos poemas, e com António Ramos Rosa nas edições Caminho, o livro em versão bilingue (português/francês), Meditações Metapoéticas Méditations Métapoétiques. Em 2012 nas Edições Aden, publicou Les Poétesses de l’Amour. Em 2013 a Editora Afrontamento publicou Ecos, Reflexos e Miragens (colecção Obscuro Domínio).

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