terça-feira, 24 de maio de 2011

António Cabrita lança livro em Maputo


António Cabrita (1959), escritor português, residente em Maputo, lança pela primeira vez uma obra literária na capital moçambicana, o livro de poesia «Não se Emenda, a Chuva», publicado pela editora portuense Livros de Horas.
O acontecimento terá lugar na próxima sexta-feira, dia 27, às 18H00, na livraria Minerva.

«António Cabrita, que foi jornalista durante 23 anos, dezoito dos quais no semanário Expresso, de Lisboa, onde era crítico de cinema e livros, estreou-se como autor em 1976, mas na sua bibliografia activa só contam os livros publicados a partir de Cegueira de Rios, livro de contos editado em 1995, considerando, carinhosamente, os anteriores cinco livros publicados (quatro de poesia e um de teatro) como fazendo parte da sua «triste e desalmada grilada nocturna».
Escritor polifacetado, para além 11 livros publicados desde então (5 de ficção, 6 de poesia) conta no seu currículo com três peças de teatro postas em cena entre 2001 e 2003, uma delas, Tremores Íntimos Anónimos, escrita em parceria com Luís Carlos Patraquim, e vários argumentos para cinema, de que destaca O Mal, filme de Seixas Santos, seleccionado para a competição do Festival de Cannes, escrito em parceria com Maria Velho da Costa, Prémio Camões, com quem escreveu também O Inferno, três guiões televisivos em torno de Camilo Castelo Branco. Em Moçambique, escreveu os guiões de A Teia da Aranha, série de 7 episódios, realizada por Sol de Carvalho, O Búzio, curta-metragem do mesmo realizador, e a série Diga Não à Violência Doméstica, realizada por Chico Carneiro.
A sua obra foi comentada pelos ensaístas Eduardo Prado Coelho, António Guerreiro, Urbano Tavares Rodrigues, João Barrento e Maria João Cantinho, e, no Brasil, Adelto Gonçalves acaba de fazer o prefácio para o seu primeiro romance, A Maldição de Ondina, que sairá em Novembro em São Paulo, pela editora Letraselvagem; romance cuja acção tem lugar em Maputo.
Em Maputo, António Cabrita dirige com Teresa Noronha a colecção Acácias, da Escola Portuguesa de Moçambique, na qual se têm editado inéditos de vários escritores moçambicanos, e anuncia ainda o volume de ensaios «Para que servem os Elevadores, e outras indagações literárias», pela chancela da Alcance, um livro onde se debruça sobre a poesia moçambicana.
Na conversa informal do lançamento António Cabrita falará do seu novo livro e também dos livros de ficção «Tormentas de Mandrake e de Tintin no Congo», 2008, editado pela Teorema, e «Cegueira de Rios», 1995, publicado pela Relógio d’Água, dois livros seus que pela primeira vez se encontram à venda em Maputo.
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(texto enviado pelo autor)

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