sexta-feira, 18 de março de 2011

Ó subalimentados do sonho
A poesia é para comer!

Para celebrar o Dia Mundial da Poesia, a Asociación Andaluza de Poesía Escénica, organizadora do Festival Internacional de Perfopoesía e do ciclo Las Noches del Cangrejo, organizam a primera edição de POESIA COMESTÍVEL.
O evento terá lugar no recém-inaugurado Centro Cultural Santa Clara e contará com os poetas: Eduardo Chivite, Victoria Moreno, Javier Berger, Lorenzo Ortega, Manuel Márquez, Carmen Herrera, Juan José Téllez, Saray Pavón, Siracusa Bravo Guerrero, Eddie J. Bermúdez, Antonio Gómez, Gracia Iglesias, Marta Fernández Portillo (Marta Mapache), Eduardo Bonachera, Jesús Vega, María Luisa Viu, Rafael de Cózar, Nacho Montoto, Ferran Fernández, Lola Crespo, Antonio G.ª Villarán, Nuria Mezquita, Ubú Chiguagua e, ainda, os alunos do Projecto Ribete Bormujos.

A exposição terá obras feitas exclusivamente para este efeito, que serão degustadas pelos assistentes no final da sessão.
Entre as mais de 20 obras expostas, provenientes de Madrid, Valencia e Extremadura, constarão poemas visuais sobre o amor, como 13 corações de gelatina vermelha com o título “En 12 meses y un día / has convertido mi corazón en gelatina”, a obra tipográfica-culinária de Eddie J. Bermúdez com o título “Galletras”, a obra de Javier Berger, que apresentará 12 costeletas de borrego, uma para cada mês do ano, com o título "Pulse para olvidar", ou a obra de Gracia Iglesias, "Pam y cebolla", uma performe com uma cena de assassinato numa cozinha, em que o artista reflecte sobre relacionamentos e casamento.
Joan Brossa, na sua obra “Eclipse”, irá apresentar a modalidade de colocar um ovo estrelado sobre uma hóstia. Trata-se de uma performance/poema visual sobre a pobreza e a igreja e que também será comestível.
Rafael de Cózar elaborou um texto/prólogo desta primera edição, e Juan José Téllez fará um pregão final no púlpito do "refeitório".
Posteriormente será editado um catálogo virtual com todas estas obras de Poesia Comestível (que serão fotografadas antes de serem comidas, obviamente).

"Poesía Comestible" é comissariado por Antonio G.ª Villarán e Nuria Mezquita, que contaram com a colaboração do IAJ (Instituto Andaluz de la Juventud), o ICAS (Instituto de la Cultura y las Artes de Sevilla), Cangrejo Pistolero Ediciones e o Estudio Compartido de Artistas Plásticos CREA.

POESÍA COMESTIBLE
21 de Março - Dia Mundial da Poesia
Centro Cultural Santa Clara - Casa de los Poetas de Sevilla

Inauguração da exposição: 18H00
Recital: 19H00
Pregão final de Juan José Téllez: 20H00
Degustacão das obras: 20H30

Bom apetite!
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(...)
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.

Natália Correia

3 comentários:

Camila... disse...

Dois dos maiores prazeres da vida juntos... isso me parece insuportavelmente bom!

Adoraria participar, pena que estou no Brasil.

Um abraço!

Camila Micheletti (somos amigas de facebook)

António Prates disse...

Come-se a poesia enquanto na ementa de cada sílaba as palavras teimam em ficar cada vez mais tartamudas e mais vacilantes nos limites das vontades que a História inventou para elas. E por muito que o sonho alimente a alma de quem sente a poesia nas veias haverá sempre quem faça morrer de fome quem dá de comer ao povo com o alimento dos seus invejados versos. Ó Camões!


Gostei de estar aqui. Saudações e parabéns!

Nilredloh disse...

Não posso concordar. A poesia NÃO é para comer. Tal ideia é muito pouco poética.

Tudo de bom,

Jorge