segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


Instantes, Permanência

Agripina Costa Marques
Pedra Formosa, 1993







Possa a noite ainda ampliar o espaço
em nítida passagem inteligível através
dos signos que em si se disseminam.
Quedar em vigilância face à escrita cifrada
que contêm. Descer na noite ao poço
pleno em que se fundam. Nada se perca.
Tudo conduz à luz onde a voz se enriquece
quanto o olhar atento. Que aberto permaneça.
Recto. Da escuridão ao rigoroso alvor.
Iluminação que alargada seja. Desvelada.
Na noite imensa resplandecem luzeiros.
Seja no claro dia imenso e alto o voo.

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