terça-feira, 24 de agosto de 2010

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


Flor de Jacaré
Jorge Monteiro dos Santos
Limiar, 1977







esta canção de frutos
enrolados sobre o corpo
atravessa a boca
pelas rugas da manhã

vem espancada
por dentro da carne
enegrecida sobre a terra

mas vem madura
como o rio do povo
(desagua)
pelo ventre das cidades

em vagarosa liberdade.

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