domingo, 24 de janeiro de 2010

Um livro de poesia a cada dia...
nem sabe o bem que lhe fazia


Teorias da Ordem
José María Cumbreño
Traduçao de Ruy Ventura
Ediçoes Sempre-em-Pé, 2009







A preto e branco.
Teria eu uns três anos. Talvez
mesmo menos. Na aldeia. A era.
Outubro ou princípios de Novembro.
Há erva. Está um tempo limpo. Não levo
agasalho. Calças e casaquito da mesma cor.
O casaco certamente era de malha. Tricotava-os
a minha avó. Por debaixo uma camisola. Branca.
A foto tirada a cinco ou seis metros. Estou
quase de costas. Metido comigo. Caminho
resoluto para a esquerda, onde, ao fundo,
se vê uma cerca de pedra. Mais longe,
um conjunto de árvores.
Hoje sei que eram oliveiras.

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