sábado, 21 de fevereiro de 2009

Novidades Quasi

Poemas, Sonetos e Baladas
Vinicius de Moraes
Biblioteca: Obras Escolhidas de Vinicius de Moraes
Edição: Fevereiro 2009
Páginas: 104

Poemas, sonetos e baladas, publicado originalmente em 1946, é, decerto, o mais importante e mais belo livro de Vinicius de Moraes. Daquela edição foram tirados apenas 372 exemplares, numerados e assinados pelo autor. Seis décadas depois, muitos dos seus poemas se tornariam célebres, como “Sonetos de fidelidade”, “Soneto do maior amor”, “Baladas do Mangue”, “Balada das meninas de bicicleta”, “Poema de Natal”, “O dia da criação” e “Soneto de separação”, e alguns dos seus versos passaram a fazer parte da memória popular, como aqueles que definem o amor:
Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure”.

Eucanaã Ferraz

Vinicius de Moraes, (1913‐1980)
Quem não ouviu falar do artista que ao lado de Tom Jobim e João Gilberto criou a bossa nova, consagrada como um marco da música popular do século XX? Quem nunca ouviu “Garota de Ipanema”? Porém, antes de se projectar como letrista, Vinicius gozava o prestígio de ser um dos mais importantes poetas brasileiros. O encaminhamento para a canção no final dos anos 50, foi tão imprevisível quanto polémico, porquanto desmontava hierarquias socioculturais e fundia diferentes estratos da cultura. O alcance da bossa nova e seus desdobramentos não tardariam, no entanto, a ratificar o alcance das escolhas do poeta, que levou para a música popular uma inteligência sofisticada, em diálogo com experiências estéticas antes restritas à literatura. Eucanaã Ferraz



Cinemateca
Eucanaã Ferraz
Biblioteca: Arranjos para Assobio
Edição: Fevereiro 2009
Páginas: 100

“A força da gravidade dos poemas de Cinemateca puxa o leitor para as acções materiais e sugestivas de uma costureira, de um pintor, de um mágico; para a água forte do jogo amoroso; para o abate de um boi; para uma brincadeira na piscina da infância. A diversidade da matéria poética parte de um mundo habitado e reconstruído pelo poeta – razão para aplaudir o seu livro."
Alcides Villaça
in Folha de S. Paulo


Eucanaã Ferraz, Rio de Janeiro, 1961
Publicou, entre outros livros de poemas, Desassombro (Quasi, 2001, prefácio de Gastão Cruz), que ganharia, aquando da sua posterior edição brasileira (7 Letras, 2002), o Prémio Alphonsus de Guimaraens, da Biblioteca Nacional, como melhor livro de poesia de 2002. O seu quarto livro de poemas é Rua do Mundo (Companhia das Letras, 2004). Também é ensaísta e professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo organizado, entre outros livros, Letra Só, com letras de Caetano Veloso, editado em Portugal (Quasi, 2002) e no Brasil (Companhia das Letras, 2003); Poesia completa e prosa de Vinicius de Moraes (Nova Aguilar, 2004), a antologia Veneno antimonotonia – os melhores poemas e canções contra o tédio (Objetiva, 2005) e O mundo não é chato, reunião dos textos em prosa de Caetano Veloso (Companhia das Letras, 2005). No campo da crítica literária, publicou Folha Explica Vinicius de Moraes (Publifolha, 2006). Edita, com André Vallias, a revista on line Errática, voltada para a arte e literatura.

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado.
Miguel Martins