domingo, 24 de agosto de 2008

Jorge Luis Borges

Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires (Argentina) no dia 24 de Agosto de 1899.
Um dos maiores escritores da língua hispânica – para muitos, o maior – Borges foi polémico, admirado e venerado como mestre indiscutível e era quase tão inatingível como os imaginários universos que construía com a sua lucidez de artífice.
Borges foi bilingue desde a infância e aprendeu a ler em inglês antes mesmo de aprender castelhano por influência da avó inglesa. Aos 9 anos traduziu do inglês "O Príncipe Feliz", de Oscar Wilde.
Segundo um estudo de Antonio Andrade, Borges tem ascendência portuguesa: o seu bisavô Francisco teria nascido em Portugal em 1770 e vivido em Torre de Moncorvo antes de emigrar para a Argentina.
Em 1914 viajou com a família para a Europa, que se instalou em Genebra onde Borges aprendeu francês e ensinou alemão. Em 1918 tornou-se bacharel pelo Liceu Jean Clavin. Depois de ter estado em Espanha durante dois anos, regressou a Buenos Aires em 1921 e fundou com outros importantes escritores a revista Proa. Em 1923 publicou o seu primeiro livro de poemas, “Fervor de Buenos Aires”.
Colaborou a partir de então em Martin Fierro, La Prensa, Síntesis, e, mais tarde, em Crítica, Sur e El Hogar.
A partir desta altura a sua visão começou a deteriorar-se e sofreu sucessivas operações às cataratas, perdendo quase por completo a visão em 1955. A sua grande amiga e secretária foi a sua mãe, que o acompanhou por toda a vida até falecer em 1975 aos 99 anos.
Borges foi bibliotecário numa sucursal da Biblioteca Municipal de Buenos Aires, entre 1937 e 1946, altura em saiu por não concordar com o governo de Juan Perón, a quem ele chamava de fascista.
Com Ficções (contos) publicado em 1944, obteve o Grande Prémio de Honra da Sociedade Argentina de Escritores.
Fundou e dirigiu a revista Anales de Buenos Aires entre 1946 e 1948 e presidiu a Sociedade Argentina de Escritores entre 1950 e 1953.
Em 1955, com o golpe militar que retirou Perón do poder, Borges foi nomeado director da Biblioteca Nacional de Buenos Aires.
Em 1956 foi professor de Literatura Inglesa na Universidade de Buenos Aires, onde permaneceu até 1970.
Em 1961 recebeu o Prémio Formentor (compartilhado com Samuel Beckett), pelo Congresso Internacional de Editores.
Em 1973, com a reeleição de Péron à presidência da Argentina, Borges demitiu-se do cargo de Director da Biblioteca Nacional.
Desde o seu primeiro livro até a publicação das suas Obras Completas (1974) decorreram 50 anos de criação literária durante o qual Borges superou a falta de visão escrevendo ou ditando livros de poemas, contos e ensaios. Recebeu importantes distinções e numerosos prémios, entre eles o Cervantes em 1980. A sua obra foi traduzida para mais de 25 idiomas e adaptada ao cinema e à televisão.
Depois de um breve casamento de 3 anos, passou a viver com Maria Kodama com que se casou em 1986 meses antes de falecer, em Genebra, no dia 14 de Junho de 1986.

Bibliografia
Poesia
Fervor de Buenos Aires (1923)
Fundación mítica de Buenos Aires
Luna de enfrente (1925)
Cuaderno San Martín (1929)
Poemas (1923-1943)
El hacedor (1960)
Para las seis cuerdas (1967)
El otro, el mismo (1969)
Elogio de la sombra (1969)
El oro de los tigres (1972)
La rosa profunda (1975)
Obra poética (1923-1976)
La moneda de hierro (1976)
Historia de la noche (1976)
La cifra (1981)
Los conjurados (1985)

Contos
El jardín de senderos que se bifurcan (1941)
Ficciones (1944)
El Aleph (1949)
El Aleph (fragmento)
Emma Zunz
La muerte y la brújula (1951)
El informe Brodie (1970)
El libro de arena (1975)

Ensaios
Inquisiciones (1925)
El tamaño de mi esperanza (1926)
El idioma de los argentinos (1928)
Evaristo Carriego (1930)
Discusión (1932)
Historia de la eternidad (1936)
Aspectos de la poesía gauchesca (1950)
Otras inquisiciones (1952)
El congreso (1971)
Libro de sueños (1976)

Diversos
Historia universal de la infamia (1935)
El libro de los seres imaginarios (1968)
Atlas (1985)

Em colaboração
Seis problemas para don Isidro Parodi (1942)
Un modelo para la muerte (1946)
Dos fantasías memorables (1946)
Los orilleros (1955). Guión cinematográfico
El paraíso de los creyentes (1955). Guión cinematográfico
Nuevos cuentos de Bustos Domecq (1977)

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