sexta-feira, 14 de março de 2008

Ramos Rosa candidato ao Prémio Rainha Sofia

O poeta António Ramos Rosa é o candidato português à XVII edição do Prémio de Poesia Ibero-americano Rainha Sofia, por proposta da Sociedade Portuguesa de Autores. Este prémio tem por objectivo distinguir o conjunto da obra poética de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitua uma contribuição relevante para o património cultural partilhado pela comunidade ibero-americana.

O Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, atribuído pelo Património Nacional de Espanha e pela Universidade de Salamanca, foi instituído em 1992 e é considerado como um dos mais prestigiados prémios literários.
Nas suas dezasseis edições já foram distinguidos Gonzalo Rojas (Chile), Claudio Rodríguez (Espanha), João Cabral de Melo Neto (Brasil), José Hierro (Espanha), Angel González (Espanha), Álvaro Mutis (Colombia), José Angel Valente (Espanha), Mário Benedetti (Uruguai), Pere Gimferrer (Espanha), Nicanor Parra (Chile), José António Muñoz Rojas (Espanha), Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal), José Manuel Caballero Bonald (Espanha), Juan Gelman (Argentina), Antonio Gamoneda (Espanha) e Blanca Varela (Peru).

António Víctor Ramos Rosa nasceu em Faro, em 17 de Outubro de 1924. Nos anos 50, altura em que era apenas conhecido como crítico literário e ensaísta, foi fundador e/ou co director das revistas literárias "Árvore", "Cassiopeia" e "Cadernos do Meio Dia", tendo também colaborado em diversas publicações francesas, espanholas e brasileiras. É com a publicação do livro "Grito Claro" que se torna conhecido como poeta.
Organizou e prefaciou várias antologias e foi tradutor de algumas obras.
A sua poesia figura em inúmeras antologias estrangeiras, nomeadamente na Europa e América Latina. Estão reflectidos, ao longo da sua obra, desde o subjectivismo inicial ao cultivo puramente objectivo, elementos neo-realistas, surrealistas, neo-clássicos e neo-barrocos.
A sua obra tem sido reconhecida publicamente, e a comprová-lo está a crescente acumulação de prémios relacionados com a sua actividade e os recitais que são realizados com os poemas do autor. O seu nome também já foi apontado como candidato ao Prémio Nobel da Literatura.
Em 1976 recebeu o prémio de tradução da Fondation de Hautvilliers e em 1988 foi-lhe atribuído o Prémio Fernando Pessoa. Recebeu ainda o Prémio literário do PEN Clube Português 2005, na modalidade de Poesia, pelo livro "Génese" (Roma Editora) e o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2006 pelo mesmo livro.

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