quinta-feira, 26 de julho de 2007

Chamou meu coração, um claro dia,
com um perfume de jasmim, o vento.

– Em troca deste aroma,
todo o aroma de tuas rosas quero.

– Não tenho rosas, flores
em meu jardim não há: todas morreram.

– Levarei o soluçar das fontes,
as folhas pálidas, as pétalas já secas.

Fugiu o vento... Meu coração sangrava...
Alma, que é feito do teu jardim deserto?

Antonio Machado
(tradução de José Bento)

Sem comentários: