sexta-feira, 25 de maio de 2007

Novidades da BOCA

Feira do Livro de Lisboa — A BOCA vai estar na Feira do Livro de Lisboa (na Tenda dos Pequenos Editores) com a A Alegria de Gostar, de Jairo Aníbal Niño.

Fermento — A BOCA junta-se à Fermento para celebrar o Dia Mundial da Criança e convida miúdinhos e miudões a vir conhecer A Alegria de Gostar, os poemas de amor para crianças de todas as idades, de Jairo Aníbal Niño. No dia 2 de Junho, Sábado, na R. do Século, nº 13, a partir das 15h00, com a presença de vários colaboradores da BOCA.

Debate sobre audiolivros na Livraria Barata — A BOCA participará neste debate organizado pela revista Os Meus Livros, que contará com a presença de editores, autores e actores ligados a este novo ramo editorial. O encontro é no dia 5 de Junho, na Livraria Barata da Av. de Roma, nº 11 A, às 19h00.

Feira Barrigas de Amor — A BOCA estará também na maior congregação de grávidas do país: a primeira edição da Feira Barrigas de Amor vai decorrer no Parque dos Poetas em Oeiras, dia 17, das 10h00 às 19h00.


Últimas edições da BOCA (audiolivros em formato mp3):




A Carta da Corcunda para o Serralheiro
Fernando Pessoa
O único texto que Fernando Pessoa assinou no feminino (Maria José).
Maria do Céu Guerra é agora Maria José, boneca com os ossos às avessas, gente sem ser gente, igual a “um vaso com uma planta murcha que ficou aqui à janela por tirar de lá”.
Pouco conhecida dos leitores, esta surpreendente personagem encarna a expressão máxima da despersonalização literária de Pessoa, da heteronomia pessoana; mas a carta de amor composta pela corcunda parece também, como defende Teresa Rita Lopes em Pessoa por Conhecer, “o auto-retrato mais acabado” do poeta enquanto “’grande alma’” que se sentia “’ninguém’”.
Voz: Maria do Céu Guerra
Sonoplastia: António J. Martins.
Conteúdo: texto em formato MP3 + capa
Duração: 12 minutos /Tamanho: 13 MBytes
Estudio: AJM
Ilustração: Susana Marques
Design: BOCA




Tabacaria
Álvaro de Campos
Lisboa, Janeiro de 1928. Álvaro de Campos, o engenheiro naval que queria ter gestos fora do corpo, está fechado em casa. Ao seu quarto chega o rumor abafado da vida lá fora, e ele vai da cadeira para a janela, da janela para a cadeira. Não sabe em que há-de pensar, mas pensa, fuma. "Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta numa parede sem porta/ E cantou a cantiga do infinito numa capoeira/ E ouviu a voz de Deus num poço tapado".
Da tabacaria do outro lado da rua alguém lhe atira para cima com o real, e o engenheiro desperta, "enérgico, convencido, humano", e acena. O universo refaz-se, mas ele, que gosta de brincar entre versos e que nos havia de "provar que era sublime", já nos avisou: mais tarde escreverá o contrário.
Maria do Céu Guerra interpreta Tabacaria, de Álvaro de Campos, um dos poemas mais célebres deste heterónimo de Fernando Pessoa, aquele cuja fala gesticulada e febril acompanhou o poeta até ao ano da sua morte.
Voz: Maria do Céu Guerra
Sonoplastia: António J. Martins
Conteúdo: 1 conto em formato mp3 + capa
Duração: 14 minutos / Tamanho 15 Mbytes
Estúdio: AJM
Ilustração: Guilherme Mendonça
Tratamento de Imagem: Tiago Cunha
Design: BOCA


Mais informações, aqui.

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