sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Sylvia Plath

Sylvia Plath nasceu em Boston (nos Estados Unidos) em 27 de Outubro de 1932.
Em 1940 morreu o seu pai, Otto Plath (um cientista de ascendência germânica), facto que a marcaria para toda a sua vida. Sylvia tinha então oito anos e o irmão, Warren, cinco.
Aurelia Plath, sua mãe, suportou estoicamente aquela morte, transmitindo em certo sentido esse gesto aos filhos, trabalhando arduamente para lhes proporcionar uma educação que se enquadrasse nos cânones da classe média da Nova Inglaterra.
A infância e a adolescência de Sylvia foram marcadas por um percurso escolar exemplar. Obteve sempre as notas máximas, entrou para o Smith College com uma bolsa e publicou vários trabalhos literários, tendo ganho diversos concursos.
Em 1952, a publicação na revista Mademoiselle, de "Sunday at the Minton’s", proporcionou-lhe uma bolsa para frequentar, no ano seguinte, um seminário em Nova Iorque. Nessa época, Sylvia escreveu uma carta à mãe, revoltando-se por ela ter votado em Eisenhower, demonstrando-se uma opositora radical do senador McCarthy e do envolvimento americano na Coreia. Ao regressar a casa, em Agosto, deixou um bilhete à mãe dizendo-lhe que tinha ido dar um longo passeio. Muniu-se de um frasco de comprimidos e escondeu-se num espaço remoto da sua casa. Foi a sua primeira tentativa de suicídio. Descoberta dois dias depois, passou cinco meses em McLean’s, uma clínica psiquiátrica de Belmont. A escritora Olive Higgins custeou o seu internamento.
Em 1954 regressou ao Smith College e trabalhou obsessivamente em torno da sua dissertação sobre as duplas personalidades em alguns passos da obra de Dostoiévski. Colaborou entretanto em revistas, como Seventeen, Mademoiselle, Atlantic Monthly, e em publicações universitárias. Sylvia acabou em 1955 o curso no Smith College e recebeu uma bolsa Fulbright graças à qual foi ensinar para Inglaterra. Aí conheceu o poeta Ted Hughes, com quem casou em 1956. Viajaram por Paris e por Espanha. No ano seguinte foram ambos para os Estados Unidos dar aulas. Nesse ano, Sylvia recebeu o Prémio Bess Hokin da revista Poetry. Resolveu então abandonar o ensino para se dedicar, a tempo inteiro à produção literária, e regressou em definitivo a Inglaterra.
Em 1960 nasceu a primeira filha do casal, Frieda. No mesmo ano, Sylvia publicou o seu primeiro livro de poesia "The Colossus". No ano seguinte, concluiu "The Bell Jar" (A Campânula de Vidro), o qual seria editado em 1963 sob o pseudónimo de Victoria Lucas.
Em 1962 nasceu o segundo filho, Nick. No mesmo ano completou "Three Women: A Monologue for Three Voices". Alguns meses depois, separou-se do marido. Nesse espaço de tempo começou a ser produzida a poesia da sua obra prima, "Ariel" e "Winter Tree". A Inglaterra conheceu então um inverno como não havia memória, a água gelava nos canos e o aquecimento rareava. Sylvia sofreu de uma pneumonia mas continuou a escrever diariamente. Algumas semanas depois do lançamento do seu livro "The Bell Jar", Silvya fechou-se na cozinha ainda de madrugada, calafetou portas e janelas, ingeriu alguns comprimidos, sentou-se no chão com cabeça dentro do forno e abriu o gás. Tinha deixado leite para as crianças e uma carta destinada a uma psiquiatra com quem mantinha desde há muito uma relação de amizade.
"Ariel" foi publicado em 1965, sob a orientação de Ted Hughes.

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