quarta-feira, 28 de novembro de 2007

William Blake

William Blake nasceu em Londres em 1757, onde viveu praticamente quase toda a sua vida, e morreu em 1827. Filho de um comerciante rico, desde criança gostava de ler e desenhar. Aos dez anos foi enviado para a "Royal Academy of Arts" e aos catorze tornou-se aprendiz do famoso gravador James Basire. Dois anos depois, Blake começou a estudar e desenhar as igrejas de Londres, em particular a Abadia de Westminster cujo grandioso estilo gótico o impressionou e o fascinou.
William Blake foi o primeiro dos grandes poetas românticos ingleses, mas também pintor, impressor, e um dos maiores gravadores da história inglesa. Escreveu poesia desde os onze anos e começou a publicar em 1783, com "Poetical Sketches".
Os seus poemas eram vistos como a expressão espontânea de um génio original e Blake considerado um prodígio.
A partir de 1789, Blake publicou “Song of Innocence", "The Book of Thel" e "The Marriage of Heaven and Hell". Os livros eram todos gravados e impressos por ele com o auxílio da esposa (analfabeta, que Blake ensinou a ler e escrever).
Blake foi um rebelde toda a sua vida, uma voz solitária contra a marcha da ciência e da razão. Talvez por isso tenha sido visto pelos seus contemporâneos como um lunático e apesar de tudo tenha desfrutado de pouco sucesso em vida, já que viveu sempre pobre e muitas vezes se queixou da falta de reconhecimento do seu trabalho.
A partir de 1794 dedicou-se a trabalhos como "The Gates of Paradise" e "Songs of Innocence and Experience" (do qual fazem parte os poemas “O Tigre” — um dos poemas ingleses mais conhecidos no mundo, e por isso mesmo um dos mais traduzidos — e, um outro poema de Blake também muito conhecido: “O Cordeiro”). Blake ilustrava os seus poemas e os trabalhos de amigos. A maior parte das pinturas de Blake (como "The Ancient of Days") são impressões feitas de pratos de cobre que ele cauterizava com um método que dizia ter-lhe sido revelado em sonhos.
Blake era frequentemente apelidado de místico. Escrevia deliberadamente no estilo dos profetas hebreus e escritores apocalípticos. Para ele, os seus trabalhos eram como expressões de profecias, enquanto seguia os passos de Milton. Na realidade, ele acreditava claramente que era a incorporação viva do espírito de Milton. Blake acreditava na sua intuição espiritual. Dizia que os seus poemas lhe eram ditados por "autores da eternidade”.
Para Blake ser poeta era ser visionário, ter uma especial capacidade de imaginar, para além do que a natureza e a realidade permitem.
Aos 67 anos William Blake começou os desenhos para o "Inferno" da Divina Comédia de Dante, e dedicou-se tanto a este trabalho que aprendeu italiano para se aprofundar melhor no universo de Dante, trabalhando nestes desenhos até os últimos dias da sua vida.
Obras:
Poetical Sketches (1783)
Songs of Innocence (1789)
The Book of Thel (1789).
The French Revolution (1791)
The Marriage of Heaven and Hell (1793)
Visions of the Daughters of Albion (1793)
America: A Prophecy (1793)
Songs of Innocence and Experience (1794)
Europe: A Prophecy (1794)
The First Book of Urizen (1794)
The Book of Ahania (1795)
The Song of Los (1795)
The Book of Los (1795)
The Four Zoas (1797)
Milton: A Poem (1804-1808?)
Jerusalem (1804-1820?)

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